"... E aí estava ele, o mar.
Aí estava o mar, a mais ininteligível das existências não-humanas.
E ali estava a mulher, de pé, o mais ininteligível dos seres vivos. Como o ser humano fizera um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornara-se o mais ininteligível dos seres onde circulava sangue. Ela e o mar.
Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro: a entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensões...."
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres - Clarice Lispector
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Um comentário:
"Cla, Clariou, Clarice, amanheceu, bom dia, não se esqueça de mim!"
Muito bom Ana Cris!
Bem-vinda, ó sorriso contagiante!
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