sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Educador, educa-dor, educa a dor?

Madalena Freire

Estar vivo é estar em conflito permanentemente,
produzindo dúvidas, certezas sempre questionáveis.
Estar vivo é assumir a educação do sonho no cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão, os desejos de vida e de morte, é preciso educar o medo e a coragem.
Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação desse drama, cujos os personagens são nossos desejos de vida e de morte.
Educar a paixão (de morte e vida) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente, através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais, outros menos, em outros anestesiada) de DESEJAR, SONHAR. IMAGINAR e CRIAR.
Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos; na busca permanente da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa, da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecer VIVO...
aprendendo, ensinando,
construindo conhecimento,

fazendo educação!

Nenhum comentário: