segunda-feira, 10 de março de 2008

Às mulheres deste canto da minha vida


Cantarei o barro, porque nele esteve a vida
e este sangue que ferve em nosso corpo.
Meus olhos de barro pressentem o repouso
e o clarão imortal de uma outra vida.

Cantarei o barro porque foi amassada
a nossa carne do barro inconsistente
e na argila curtida e inanimada
o sopro de Deus entrou como a semente.

Poema: Marià Manent (1898-1988)

Um comentário:

Tania disse...

Pelo dia Internacional da Mulher.